Informe Semanal – 28 de março a 03 de abril


A seguir, o informe das principais notícias da semana:

 

Vietnã vai reabrir mercado para carne bovina brasileira após quase 10 anos

Lula visitou o Vietnã, prestando homenagens e participando de reuniões oficiais. Durante o encontro com o presidente vietnamita, Luong Cuong, foram assinados acordos bilaterais, incluindo um plano de ação para fortalecer a parceria estratégica e o compartilhamento de informações de defesa. O destaque da visita foi o anúncio da reabertura do mercado vietnamita para a carne bovina brasileira, suspenso desde 2017. A decisão será formalizada em uma declaração conjunta entre os dois países.

 

Vai ficar mais caro comprar um carro zero no Brasil? Entenda os efeitos da nova tarifa de Trump no mercado automotivo brasileiro

A tarifa de importação sobre carros e autopeças anunciada por Donald Trump pode afetar o Brasil indiretamente. O país pode receber o excedente da produção de mercados como México, Coreia do Sul e Japão, mas os preços dos veículos não devem sofrer grandes alterações. Já a indústria brasileira de autopeças pode ser prejudicada caso as tarifas sejam estendidas a esse segmento, afetando exportações para os EUA e podendo gerar impactos como produção ociosa e desemprego. Além disso, o aumento dos preços dos veículos nos EUA pode gerar inflação e beneficiar montadoras locais, como a Tesla.

 

Comitiva do Brasil desembarca nos EUA para ofensiva por cotas de importação

Uma comitiva brasileira se reuniu com o governo dos EUA para renegociar cotas comerciais de aço e alumínio, evitando sobretaxas. O Brasil argumenta que sua balança comercial com os EUA é deficitária, ao contrário de países como China e Canadá. Enquanto isso, os EUA pressionam pela redução da tarifa brasileira de 18% sobre o etanol. Trump sinalizou abertura para novos acordos comerciais, mas somente após a implementação das novas tarifas em abril.

 

Brasil vai negociar tarifas com EUA antes de tomar medidas, diz Lula

Lula afirmou que o Brasil tentará negociar com os EUA sobre as novas tarifas antes de adotar medidas retaliatórias ou recorrer à OMC. Ministros como Geraldo Alckmin e Mauro Vieira estão em contato com representantes americanos para buscar um acordo. O presidente destacou que o protecionismo de Trump pode gerar inflação e aumento dos juros nos EUA, dificultando a economia global.

 

Taxa da blusinha: dez estados elevam ICMS para 20% a partir de terça-feira

A partir de 1º de abril, dez estados brasileiros aumentarão a alíquota do ICMS sobre compras internacionais de 17% para 20%. Além desse imposto estadual, as compras também são taxadas com imposto de importação, que varia de 20% para compras de até US$ 50 e 60% para valores acima disso. O aumento foi decidido pelo Comitê Nacional de Secretários de Fazenda e pode encarecer as compras feitas em sites internacionais.

 

Brasil é um dos países com mais barreiras não tarifárias, aponta estudo

Um estudo do BTG Pactual aponta que 86,4% das importações brasileiras estão sujeitas a barreiras não tarifárias, como normas sanitárias, cotas e inspeções regulatórias. Esse percentual é um dos mais altos do mundo e pode influenciar a política comercial dos EUA, que considera o Brasil protecionista. O estudo sugere que os EUA podem retaliar impondo tarifas de até 25% sobre produtos brasileiros, o que causaria perdas de até US$ 10 bilhões em exportações.

 

EUA acusam Brasil de protecionismo e listam 8 barreiras comerciais

O relatório anual do Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) aponta o Brasil como um dos países que mais impõem barreiras comerciais aos produtos americanos. Entre as restrições citadas estão altas tarifas de importação, barreiras sanitárias e exigências regulatórias. O Brasil ocupa o sétimo lugar em impacto negativo para as exportações dos EUA, com estimativa de perdas de US$ 8 bilhões. O governo americano usa esses dados para justificar possíveis retaliações comerciais.

 

'Dia da Libertação': Trump anuncia hoje tarifas a países e produtos

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, declarou o dia 2 de abril como o "Dia da Libertação" e anunciou um grande pacote de tarifas contra vários países. A medida inclui uma tarifa de 10% sobre produtos do Brasil e de 34% sobre produtos da China. O discurso foi marcado por tom populista e nacionalista, com Trump dizendo que está “libertando” os EUA da dependência de importações estrangeiras. O governo brasileiro, por sua vez, avalia a adoção do Projeto de Lei da Reciprocidade Econômica, que busca estabelecer relações comerciais em condições de igualdade com os EUA.

 

“Dia da Libertação”: quais produtos o Brasil mais compra e vende aos EUA

No "Dia da Libertação", os EUA anunciaram novas tarifas sobre importações, incluindo produtos brasileiros. O comércio bilateral atingiu um recorde em 2024, com exportações brasileiras de US$ 40,3 bilhões e importações de US$ 40,6 bilhões. Os principais produtos exportados pelo Brasil são petróleo, ferro, aço e aeronaves, enquanto os EUA vendem máquinas, combustíveis e aeronaves ao Brasil. A diplomacia brasileira tenta argumentar contra novas tarifas, destacando que o país já tem déficit comercial com os EUA.

 

Brasil está entre países com menor tarifa imposta por Trump; o que acontece agora

Os EUA impuseram uma tarifa geral de 10% sobre importações, com taxas maiores para países considerados mais protecionistas. O Brasil foi relativamente menos afetado, pois já aplica tarifas semelhantes sobre produtos americanos. Setores como aço, aeronaves e etanol devem sofrer impactos, mas commodities agrícolas e mineração devem ser pouco afetadas. A União Europeia e a China criticaram duramente a medida, e retaliações globais são esperadas. O Brasil avalia possíveis ações, incluindo recorrer à OMC.

 

As armas do Brasil contra tarifas de Trump: 'Retaliar seria suicídio'

O governo Lula avalia como responder à tarifa de 10% imposta por Trump sobre produtos brasileiros. O petróleo está isento e o aço continua com taxa de 25%. O Brasil pode usar a nova Lei da Retaliação para pressionar os EUA, ameaçando suspender royalties e patentes de empresas americanas. Especialistas alertam para o risco de uma guerra comercial e sugerem negociação ou aliança com outros países.

 

Bolsas asiáticas fecham em baixa após tarifaço de Trump

As bolsas asiáticas fecharam em baixa após o anúncio das tarifas de Trump, que impactaram fortemente China e Taiwan. O índice japonês Nikkei caiu 2,77%, enquanto outros mercados como Hong Kong e Coreia do Sul também registraram quedas. A Austrália seguiu a tendência negativa.

 

Boric visita Brasil e prioriza desenvolver plano de rota Atlântico-Pacífico

O presidente chileno Gabriel Boric visitará o Brasil para discutir a finalização da rota bioceânica, que conectará portos brasileiros e chilenos. O projeto, previsto para 2026, busca impulsionar o comércio e o turismo na América do Sul.

 

Câmara aprova Lei da Reciprocidade, em resposta a 'tarifaço' de Trump

A Câmara dos Deputados aprovou a Lei da Reciprocidade, permitindo retaliação contra países que impõem barreiras ao Brasil. A medida responde ao tarifaço de Trump e prevê suspensão de direitos de propriedade intelectual. A lei agora segue para sanção do presidente Lula.

 

Como tarifas de Trump devem impactar exportações e investimentos do Brasil

O anúncio de tarifas de 10% pelos EUA sobre produtos brasileiros, como aço, aeronaves e produtos agrícolas, pode reduzir a competitividade das exportações brasileiras e levar empresas a buscar novos mercados. Apesar do impacto, o Brasil foi menos afetado do que outros países devido ao seu déficit comercial com os EUA. O agronegócio e setores industriais sentirão os efeitos, especialmente a Embraer, que pode ter uma queda de 9% no Ebitda. Especialistas alertam para riscos como inflação, perda de empregos e desestruturação de cadeias produtivas. Enquanto alguns defendem retaliações, outros sugerem uma abordagem diplomática, buscando acordos bilaterais e redução de tarifas para minimizar impactos e explorar oportunidades em outros mercados.


 

Comentários

Postagens mais visitadas